segunda-feira, 24 de novembro de 2014

VERDADES OCULTAS DO SNS

CATARINA DINIS
Uma família de 4 elementos, raramente consegue uma consulta digna, num médico de família, que realmente trate da Saúde e os possa ajudar a crescer com o passar dos anos. Pior é existir um plano de vacinação e de consultas de vigilância infantil, que em certas zonas do pais são obrigatórias e em outras, esquecidas, ignoradas e mesmo “ destruído” esse plano de saúde obrigatório. Um filho desse casal vê a consulta dos 12 meses ser um circo, a dos 16 meses ser suspensa e ignorada e a dos 18 meses, inviável até alguém a marcar para o dia em que esse mesmo menino faz 19 meses, mas essa dita “ consulta de vigilância” é nada mais do que um “calar” a mãe. Enquanto a situação real é não ter “ saúde” de verdade.”

Esta situação sucede de verdade a inúmeros portugueses, por este pais fora, que devido a politicas erradas, politicas de poupança em sectores básicos, ou a famosa “ Crise” que é sempre a culpada de tudo ( porque na verdade é melhor culpar algo ou alguém abstrato), nem sempre se consegue ter um seguro ou a oportunidade de serem atendidos por um médico no sistema privado.
Já nem me refiro ao caos de muitos hospitais mas sim aos centros de saúde e suas unidades familiares…

A verdade é que conheço duas realidades bem distintas… uma nos limites de uma grande cidade, grande densidade populacional, famílias carentes a todos os níveis… mas que ainda não sei bem porque ( talvez organização?)

Há diversos médicos de família, inclusive com jovens médicos que estam a estagiar, a preparar-se para igualmente serem médicos de família, e até somos atendidos por ambos, para ajudar a ultrapassar certas dificuldades, guiar os utentes, ajudar na prevenção de certas doenças, tratar do planeamento familiar, da vacinação etc… nesta unidade de saúde familiar se o nosso médico de família não puder atender, há sempre outro(s) médico (s) escalonados para naquele determinado dia façam o atendimento dos utentes que necessitem de algo urgente ou imprevisto, como um exame necessário, uma baixa ou tratar de uma dor de garganta, além do mais temos sempre o serviço de enfermagem que ajuda a avaliar a situação. Eu diria que aqui funciona, também tem de certeza os seus defeitos com toda a certeza, mas assim numa avaliação no seu global “ Muito Bom”…

No entanto como tudo em Portugal parece uma moeda, sempre com duas faces e o outro lado é mesmo muito negro…é instável e interfere demasiado na vida pessoal de cada um de nós.

Existem centros de Saúde em que não se respeita o utente, que não há organização, nem “saber fazer ou falar”, de um momento para o outro os médicos reformam-se, vão de baixa, vão de ferias e o que é compreensível, mas não há quem substitua?!... e como ficam os utentes? Como fica a saúde e as famosas alíneas de direitos e deveres do cidadão fixados na parede desse mesmo centro de saúde… E nós quando queremos prevenir uma situação? E quando se tem uma doença cronica? E quando há crianças e idosos, que são sempre mais vulneráveis?

Por vezes sinto que esta é uma luta perdida… e que não vivemos todos no mesmo Pais… há sempre duas leis, duas intenções, dois fazeres, talvez exista até é duas constituições… já que cada um interpreta sempre a sua maneira as leis e códigos

E eu só quero uma consulta e o seu seguimento… tão simples de falar, tão difícil de conseguir.

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