quinta-feira, 27 de julho de 2017

UMA FORMA ENCAPOTADA DE CENSURA

LUÍSA VAZ
Salvo raras excepções, todos nós gostamos de viver num país livre e democrático e fazemos bom uso da nossa Liberdade individual e colectiva. A maioria de nós frequenta assiduamente as redes sociais e condena regimes totalitários e ditatoriais.

Eu então mais do que muitos, gosto de expressar a minha opinião mas sempre de forma racional, sem recorrer ao insulto ou a outras formas que não o debate sério de ideias e o esgrimir saudável de argumentos válidos e com base factual.

É precisamente o momento que vivemos em Portugal e o facto de cada vez mais ver a Liberdade de Expressão e Pensamento manietada que me leva a escrever este artigo. Ao ler opiniões formatadas ao Regime que se impôs em Portugal à cerca de ano e meio e por ter sido eu própria alvo de censura, resolvi usar o meu exemplo para alertar os mais distraídos.

Hoje de manhã cedo fiz a minha “ronda” habitual pelo Facebook que é a rede social que mais utilizo. Ao deparar-me com uma notícia sobre a porta-voz do Partido que hoje lidera a Assembleia da República, apercebi-me dos vários comentários que tinham sido escritos. Por concordar com a grande maioria fui distribuindo emogins à medida que ia lendo. Uns de concordância, outros de discordância e outros de apreço absoluto. Foram várias as vezes que “carreguei no botão” para expressar a minha opinião até ter recebido uma mensagem do sistema que dava conta de que a funcionalidade me tinha sido bloqueada. Mais tarde voltei a tentar usá-la e não tendo havido suspensão do bloqueio, escrevi para o Centro de Ajuda a relatar a situação. Continuo a aguardar resposta e não sei por quanto tempo estarei efectivamente impedida de comunicar a 100% com os meus contactos.

Por mais que o Facebook tenha por base um algoritmo e que pela quantidade de emogins utilizada eu pudesse ser considerada um “BOT” que praticou uma acção de “spam”, parece-me que me foi aplicada uma medida demasiado drástica e de forma liminar. Ou seja, há censura nas redes sociais como na vida pois uma coisa é a segurança de quem frequenta estes espaços e outras são os abusos perpetrados em seu nome. Então e a enormidade de perfis falsos com os mais variados intuitos não são mais perigosos e nefastos para o salutar convívio na rede?

E essa faz a ponte com o momento que vivemos. Estamos manietados pela introdução da Teoria de Género que quer confundir a cabeça das nossas crianças levando-as a crer que o sexo como nascem não determina o seu papel social, cívico, cultural e humano. Temos a informação toda controlada sendo poucos os que conseguem ser “off-stream” e tudo isto tendo por base a manutenção do Poder a todo o custo e a colocação de amigos em tudo o que são lugares de chefia ou destaque para gáudio das elites e desespero da população pensante.

Depois de uma série de boas noticias que em nada tiveram que ver com o desempenho de quem hoje em dia dirige os destinos da Nação, há a consequente sucessão de más noticias essas sim, decorrentes dos erros cometidos desde Outubro de 2015.

Elas chegariam mais cedo ou mais tarde, é tão inevitável como a morte mas convenhamos: É preciso mentir, manipular, esconder e manietar só para manter o Poder? Pode haver quem ache que estou a levar as coisas longe de mais mas olhando para o estado do país, com incêndios de proporções épicas e com um sistema de emergência que não está preparado para funcionar em situações de pasme-se….de Emergência e que nos custou a módica quantia de 485 milhões de euros, sendo que quem o contratou era MAI e agora é PM, eu diria que algo de muito grave se está a passar neste país.

Quando o PR pactua silenciosamente com aquilo que parece ser uma Venezuelização de Portugal quando o Governo até pretende regular sobre o número de farmácias existentes, fica a pergunta:Quando começará a regular sobre o número de supermercados? Ou sobre o número de Esquadras ou efectivos que as mantêm?

Eu considero que algo de muito grave se está a passar em terras lusas e seria bom que as pessoas abandonassem a ideia de que estão ricas porque cada agregado recebe em média mais €7/mês e começassem a perceber que o custo a pagar por isso vai ser demasiado alto. Não vale tudo só para que se viva na Terra do Nunca. A este respeito, o facto de o PR ter mencionado que nos poderíamos estar a aproximar de um sistema ditatorial a mim já me diz muito mas isso sou eu que olho pro Mundo que me rodeia e que uso, o que eu considero ser maus exemplos, como lições daquilo que não se deve fazer e sem a noção irrealista de que se fosse eu a fazer, o resultado seria diferente. Porque não seria.

Estamos a breve trecho de eleições autárquicas. Os candidatos já estão perfilados mas ainda há listas para fechar. Ainda há nomes que querem entrar pelo “buraco da agulha” e por isso não é momento de fazer ondas mas quando há pessoas, cidadãos portugueses, desviados para a morte e outros que morrem em consequência da tragédia, não há mortos directos ou indirectos. Há mortos, lamentavelmente. Senão vejamos: também há impostos directos e indirectos mas não são todos impostos?

Já o disse e volto a dizer: é tão engraçado quanto perigoso brincar com as palavras e as pessoas que sabem o que elas significam têm todo o direito de se sentir espoliadas do seu sentido patriótico e de Nação neste momento mas por isso mesmo é que têm que pensar que hoje pode ser preciso, vai ser preciso, resgatar mais uma vez o país das mãos dos malfeitores só que desta feita não é só das mãos de Sócrates mas arranca-lo das mãos deste cancro nefasto e persistente que são as Esquerdas.

Sem comentários:

Enviar um comentário