quarta-feira, 20 de maio de 2015

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

SARA MAGALHÃES
Ouvi estas palavras pela primeira vez em 2003. A partir dessa altura continuei, até hoje, a querer saber mais sobre esta forma de Inteligência. 

As regras de trabalho encontram-se em mutação e somos hoje avaliados por uma nova bitola. Não somos apenas avaliados pela nossa inteligência ou pelas nossas habilitações literárias, mas também pela forma como gerimos a nós próprios e aos outros. Acredito que devo ensinar as crianças e os jovens para esta realidade: habilitações centradas nas qualidades pessoais tais como, autoconfiança; autodomínio; integridade; capacidade de comunicar; a iniciativa e a empatia, a adaptabilidade; influenciar e aceitar a mudança, são cada vez mais importantes para as novas regras de trabalho.

Numa época em que não existem garantias de segurança no emprego, em que o próprio conceito de “emprego” está a ser substituído pelo de “perícias portáteis”, estas são qualidades fundamentais que nos tornam e nos conservam empregáveis. 

Foram mencionadas ao longo de décadas com vários nomes vagos, desde “caracter” e “personalidade”, até “qualidades pessoais” e “competências”, há finalmente uma compreensão mais precisa destes talentos humanos e segundo os especialistas, um novo nome para eles: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (QE).

Tudo tem a ver com a forma como nos comportamos, nos damos com as pessoas, trabalhamos em equipa, lideramos. Aqui importa uma nova forma de ser inteligente.

Inteligência emocional não significa meramente “ser simpático”. Em certos momentos estratégicos pode exigir “não ser simpático”, mas antes, por exemplo, confrontar alguém abertamente com uma verdade desagradável plena de consequências, até então evitada.

Inteligência emocional significa gerir os sentimentos de tal modo que se exprima apropriada e eficazmente, permitindo que as pessoas trabalham juntas sem problemas, em sintonia com os seus objetivos comuns.

O nosso nível de inteligência emocional não é geneticamente fixo nem se desenvolve apenas nos primeiros anos de vida. Ao contrário do QI, que pouco muda após a adolescência, a inteligência emocional é em grande medida assimilada e continua a desenvolver-se ao longo da vida, à medida que aprendemos com as nossas experiências. Existe uma palavra antiga para este crescimento da inteligência emocional: maturidade.

Apreende-se capacidades emocionais baseadas na inteligência emocional, que resulta num desempenho extraordinário no trabalho. 

A nossa inteligência emocional determina o nosso potencial para aprender aptidões práticas que se baseiam em cinco elementos: autoconsciência; motivação; autodomínio; empatia e talento nas relações. A nossa competência emocional mostra até que ponto traduzimos esse potencial nas capacidades profissionais. Mas a posse de uma elevada inteligência emocional não garante por si só que uma pessoa adquirirá as competências emocionais que importam para o seu trabalho; significa apenas que possui um excelente potencial para as aprender.

Trabalhar as competências emocionais, principalmente nos adolescentes, é abrir janelas de oportunidades para o autoconhecimento emocional, para que no futuro, possam ser reconhecidos e recompensados no mercado de trabalho, uma vez que estas competências emocionais já o são.

Tenho a certeza que é necessário e urgente educar as emoções.

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