sábado, 9 de julho de 2016

HOTEL CASA DO TUA

HOTEL CASA DO TUA
CRÓNICA DE ANTÓNIO REIS - PÃO TRANSMONTANO 
Esta semana viemos ao vale encantado do Douro num “cavalo” preto como Camilo Castelo Branco chamou ao comboio a vapor que subia a margem do rio Douro até Barca D`Alva. Região portuguesa, também, apelidado de vale do inferno pelos mais de 40ºC que se fazem sentir nos picos do verão.

Ficamos pela estação do Tua, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde o destino estava previamente traçado. Hora do meio-dia. Um calor infernal. Em passo apreçado fomos tocar à campainha do Hotel Casa do Tua, que fica apenas à distância da largura da estrada municipal com a estação onde o comboio nos deixou na terra escaldante e sol a queimar. Entramos no hotel; deixamos de ouvir o silvo do comboio, que ao minuto o maquinista acionava através do ferrolho. Como aguentam, maquinista e condutor temperaturas acima dos 40ºC? Saibam que uma viagem neste local, e nas mesma condições dos operacionais responsáveis pela condução da locomotiva a vapor, custa por cada passageiro (turista) a módica quantia de €300.

Fomos recebidos peles anfitriões do hotel Casa do Tua, Maria José e Carlos Assunção, que rapidamente fecharam a porta para preservar o ar fresco, cerca de 20ºC, que as máquinas transformavam num ambiente mais agradável no interior do hotel.

Fomos encaminhados para um dos doze quartos existentes no hotel, nossa escolha; poderíamos optar por um dos bagalôs; mas, optamos por ficar mais perto da piscina.

Através da larga janela virada para o rio Douro, que mais parece que corre a nossos pés, podemos desfrutar de uma verdadeira paisagem deslumbrante, vinhedos, olival ou vegetação indígena constituída por choupos, amieiros entre outras espécies que caracterizam as margens “selvagens” do Douro. “Da janela do meu quarto, vejo a luz do…”, como cantava Tristão da Silva. Daquele local, com uma temperatura ajustada ao metabolismo humano, podia-se observar do outro lado do rio, margem esquerda, o resquício de um pesqueiro, construído aquando da passagem dos Romanos pela Península Ibérica, e que o Rei D. Manuel I (o “afortunado” que reinou nos finais do século XV e princípios do século XVI) mandou destruir para que o rio Douro pudesse ser navegável pelos barcos de fundo chato até ao cachão da Valeira.

O hotel Casa do Tua esta integrada na Região Demarcada do Douro Vinhateiro - Património Mundial. O edifício fica junto à margem direita do rio Douro e é construído em parte por alvenaria extraída no local. Pode-se desfrutar das belas paisagens do Douro, verdadeiramente deslumbrantes e desfrutar do contacto com a natureza em percursos de comboio, fluviais ou pedestres, conhecendo a fauna, flora, geologia e história do Douro, sempre acompanhados por um guia do Park Douro Selvagem.

Preço médio por diária: €60 
Contactos:

Hotel Casa do Tua



Vinho Tinto “Vinhas do Tua”

Dos vários vinhos disponíveis no hotel Casa do Tua, optamos por um “Vinhas do Tua” tinto, com assinatura do enólogo Zito. É produzido nos vinhedos das encostas do Tua e Ribalonga, numa placa giratórios de exposição Nascente e Sul, com o rio Douro ao fundo. Um vinho com aromas concentrados e frutado paladar. Taninos equilibrados e macios. Com um ligeiro toque a madeira o vinho é suave e elegantemente longo no palato.

Com um preço aproximado de €10

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