quinta-feira, 20 de abril de 2017

DÉFICES COGNITIVOS NA ESQUIZOFRENIA


VANESSA MIMOSO
A Esquizofrenia corresponde a um conjunto de sinais e sintomas de fase ativa, tanto positivos como negativos, cuja presença é requerida pelo período de um mês.

Os sintomas positivos incluem os delírios, alucinações, discurso desorganizado e comportamento marcadamente desorganizado ou catatónico; já os sintomas negativos incluem restrições da variedade e intensidade de expressões emocionais (embotamento afetivo), da fluência e produtividade do pensamento e do discurso (alogia) e da iniciação de um comportamento dirigido com um objetivo (avolição).

A literatura diz-nos que indivíduos com Esquizofrenia apresentam défices em vários domínios cognitivos, particularmente nos domínios da atenção/vigilância, velocidade psicomotora, perceção, diversos tipos de memória, inteligência e funções executivas.

Estes défices cognitivos tendem a permanecer durante todo o curso da doença, mesmo durante os períodos de remissão. Devido ao impacto que estes têm no desempenho funcional dos doentes com Esquizofrenia, a investigação científica tem-se centrado no desenvolvimento de terapias de reabilitação cognitiva.

A reabilitação cognitiva está associada a um melhor desempenho cognitivo e eventualmente a um melhor resultado funcional nos doentes com Esquizofrenia.

Considerando estes aspetos, é essencial reabilitar as áreas deficitárias com o intuito de trabalhar esses mesmos défices e assim aumentar e/ou preservar a funcionalidade e autonomia do indivíduo, ensinando-lhe competências necessárias à vida diária, por forma a melhorar a sua qualidade de vida.

Sem comentários:

Enviar um comentário