sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VAI ACABAR COM A HUMANIDADE

JOÃO MENDES
O alerta presente no título deste pedaço de prosa, por alarmista que possa parecer, não é fruto da imaginação deste vosso amigo. Quem o afirma é o visionário Elon Musk, o multimilionário de 46 anos que ocupa a posição 80 da lista da Forbes, dono e co-fundador da Tesla Motors e de uma série de outros gigantes tecnológicos, entre as quais a OpenAI, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo e ao desenvolvimento de inteligência artificial “amigável”.

Segundo Musk, existem entre 5% e 10% de possibilidades de se desenvolver inteligência artificial segura, que de resto tenderá no futuro para aprender de forma autónoma, acrescentando ainda, e as palavras são do patrão da Tesla, que “A situação benigna com Inteligência Artificial ultra-inteligente é que esses sistemas vão ser tão avançados que nós [humanos] seremos como animais de estimação ou gatos domésticos”. Será como no filme de 2004, Eu, Robot, com a diferença que, no mundo real, não temos Will Smith para nos salvar e a vitória será das máquinas.

Chegados a este ponto, é tempo de nos questionarmos se fomos longe demais. Quer dizer, longe demais fomos, com toda a certeza, ou não fosse o desenvolvimento tecnológico, apesar dos benefícios inquestionáveis que trouxe para humanidade, um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global ou pela a destruição em massa de postos de trabalho, apenas para citar dois dos maiores problemas com que nos deparamos nos dias de hoje. E poderíamos ficar nisto todo o dia, só em torno das múltiplas questões que todos os dias se levantam no campo da cibersegurança. 

Com as máquinas a tornar-nos obsoletos no campo produtivo, e perante a ameaça postulada por Elon Musk, talvez seja tempo de se iniciar um debate sério entre responsáveis políticos e organizações internacionais supranacionais como a UE ou a ONU. Sob pena de, um dia destes, acordarmos perante uma insurreição de máquinas e sistemas operativos inteligentes, que se sintam ameaçados por uma humanidade que destrói alegremente o seu habitat natural, que elege lunáticos com acesso a armas nucleares e que permite que recursos finitos sejam desperdiçados de forma leviana. Se calhar até seremos salvos de nós próprios, tal é o nosso ímpeto autodestrutivo, mas com certeza não seremos mais do que os tais animais de estimação referidos por Elon Musk. 







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