sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O RESPEITO PELO INVERNO

RUI SANTOS
Como todos sabemos, o Inverno, veio para ficar. E desde a sua chegada, já causou inúmeros transtornos ao País. O frio seco, que levou a mediadas de contenção do uso da água em diversas regiões afectadas pela seca, principalmente Zonas do Interior, com relevo para a Bacia do Sado e Guadiana (declaradas situação de emergência com actuação por parte do Governo); a chegada dos furacões Ana e Bruno com elevada taxa de precipitação e rajadas de vento acima dos cem quilómetros por hora e descida acentuada da temperatura com maior impacto nas terras altas. A previsão de tempo, após temperaturas consideradas amenas para esta altura do ano são desanimadoras para quem não é muito adepto do frio.

Com estas oscilações térmicas e pluviais são inúmeras as repercussões na saúde pública. Quando as temperaturas baixam, a saúde pode ser ameaçada, pois baixa também o nosso calor corporal, as defesas do nosso organismo entram numa “guerra” constante e podem resultar em patologias de etiologia Cardio-respiratória.

Assim que o frio aumenta e o vento sopra com mais força, manter o corpo quente e seguro. Usar muitas camadas de roupa para aumentar a superfície de contacto entre a nossa pele e o meio ambiente, proteger a boca e nariz, usando um cachecol, proteger a cabeça com um gorro (a maior parte da transpiração ocorre precisamente no nosso “cocuruto”), usar calçado apropriado para a chuva, mantendo sempre os pés quentes e confortáveis.

É importante a hidratação pois o frio “resseca” a nossa pele e mucosas, logo devemos contrariar essa tendência bebendo vários líquidos por dia, preferencialmente mornos e untar lábios e zonas mais ressequidas do corpo para evitar que a pele quebre e origine as chamadas frieiras.

O frio intenso pode causar, as já referidas frieiras (afectam particularmente as extremidades tais como nariz, orelhas, dedos das mãos e pés ficando estas avermelhadas e inchadas causando dor e sensação de queimadura) e as queimaduras de gelo (mais frequente nas terras altas, e ocorre também nas extremidades do corpo embora haja mesmo a perda de sensibilidade e cor).

A Hipotermia também é um risco acrescido a esta estação do ano, ocorrendo em situações em que o indivíduo vai perdendo calor corporal ao longo de um período de tempo aquando exposto a frio intenso. A sua temperatura corporal desce abaixo dos 35 graus, afectando o cérebro deixando a pessoa sem capacidade de reação e perda da rapidez de raciocínio.

Os incêndios e intoxicações por monóxido de carbono aumentam bruscamente no Inverno devido ao uso inapropriado de lareiras ou aparelhos de aquecimento em ambientes não arejados.

Outros riscos associados a esta época do ano são as quedas e acidentes de viação devido à chuva e gelo nos pavimentos.

Escusado será alertar para as idas em massa para Hospitais ou Unidades de Saúde devido a sintomas gripais. Tal como foi referido no artigo anterior, vamos passar por um novo pico de gripe, como tal proteja-se ou através de vacinação (oral ou injectável e com medidas sanitárias apropriadas).

Resguarde-se mas não viva numa redoma de vidro .

Aproveite o Inverno ao máximo tendo estas pequenas dicas em mente para evitar complicações e sejam felizes.

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