terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

VIAJAR É A ÚNICA FELICIDADE QUE SE PODE COMPRAR

RUI CANOSSA
As viagens e o turismo são, de facto, felicidade que se pode comprar. E estas têm sido o motor da economia portuguesa nos últimos cinco, seis anos. As receitas do turismo estão a bater recordes e poderão crescer ainda mais ao longo de 2018. As receitas subiram 19.71% em 2017 permitindo encaixar 14.13 mil milhões de euros. O turismo representava 12.5% do PIB em 2016 e do total do valor das exportações representava 18.4%.

Pelo lado da procura, foram 19.46 milhões de hóspedes, uma subida de 8.7% face a 2016, o que correspondeu a 54.77 milhões de dormidas, nos primeiros 11 meses de 2017, quando comparados com os mesmos meses de 2016. 51.8 milhões foi o número de passageiros que passou pelos 10 aeroportos, uma subida de 16.5%, 10 milhões no Porto e 8 milhões em Faro, com Lisboa a liderar o ranking com 26.7 milhões. E se pensa que o luxo não vende, então aqui vai, 68.4% das dormidas em hotéis tiveram lugar em estabelecimentos de 5 estrelas, ou seja, mais de dois terços. Algarve e Lisboa absorveram mais de metade dessas dormidas.

Do lado da oferta verifica-se que, em Portugal, serão criados, em 2018, 61 novos hotéis, metade dos quais em Lisboa e Porto. Estes novos hotéis significam mais 4770 quartos face a 2018. O número de escalas de cruzeiros em Lisboa foi de 330, uma subida de 6% face a 2016. Em Portugal existem 55 345 estabelecimentos de alojamento local registados. Sabe-se também que o rendimento médio por quarto disponível é de 52.10 euros mas que significou um aumento de 16.1% face a 2016. Foram criados mais 58.000 empregos no setor.

Em suma, parece-me que o setor do turismo vai continuar a crescer no futuro. Alicerçado pela formação de excelência das nossas escolas de turismo. A Organização Mundial de Turismo, agência das Nações Unidas responsável pela promoção da sustentabilidade do setor, distinguiu o projeto formativo das escolas do Turismo de Portugal - denominado Tourism Training Talent - com o primeiro lugar na categoria Inovação e Políticas Públicas da 14ª edição dos prémios UNWTO, pelo seu exemplo de capacitação das futuras gerações de recursos humanos do setor.

A aposta nas pessoas (turistas, residentes e todos os colaboram diretamente nesta atividade) é uma das prioridades da estratégia turística nacional (ET27), pelo que estou em crer que Portugal vai continuar a ter uma excelente performance em termos deste setor tão importante para o equilíbrio da nossa Balança de Pagamentos.

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